sexta-feira, 3 de abril de 2009

Realidade Fantasiada

Resolvi traçar novas metas.
Guiar-me por novas retas.
Rotas remotas certamente incertas.
Placas tortas, na posição correta.
Resolvi resolver o meu sentido,
parar de pensar: Eu duvido!
Ir, ao invés de, “poderia ter ido”.
Uma vida real,
nessa realidade virtual.
Ser mais açúcar do que sal.
Ser feliz para sempre no final.
Queria tornar minha vontade,
meu sonho, em realidade...
Tornar-me, de alguém, prioridade.
Sem privar-me de minha liberdade.
Pura ilusão...
Sacuda-me, acorde-me então.
Não permita que eu sonhe em vão.
Evite que eu passe por tal frustração.
Permita que eu seja lembrada.
Não mereço ser abandonada.
Não quero amar e sim, ser amada.
Por minhas travessuras, ser perdoada.
Sou uma criança mal-criada.
Bem-criada antes da madrugada.
Uma criança embriagada.
Em um copo de mágoas, afogada.
Cresci para ser independente.
Nunca admitir estar carente.
Não necessitar de ninguém presente.
Estar alerta mesmo estando ausente.
Mas eu gosto de ser mimada.
Paparicada, admirada...
Para sempre idolatrada,
sem, necessariamente, ser tocada.
Não sou convencida.
Nem egocêntrica, nem metida.
Só uso verdades entorpecidas,
para deixar minha alegre vida
menos entristecida.
Nesse caminho, rota, estrada...
Despeço-me com vento no cabelo,
lenço no pescoço,
perfume das pétalas rosadas.
Viro o rosto e mando um beijo.
Lábios vermelhos, bochechas coradas.
Olhos serenos, piscam,
diante da estrada ensolarada.
Sei que você queria estar lá...
Ao meu lado, de mãos dadas.
Mas, sou livre. Alma penada.
Com beleza, agraciada.
Vagando, sem nunca, deixar de ser notada.
Já vistes um anjo de verdade?
Se eu tiver vontade...
Agracia-lo-ei com a mais pura
Realidade Fantasiada.

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